alice

Alice é uma sonhadora! Questiona se o que sonha é apenas um sonho ou é a sua realidade... Na verdade, todos nós temos um pouco de alice e é de alice que vou falar...

novembro 30, 2005



Entrei
Entrei pela toca adentro e para tal tive que ficar mais pequena
Bebi chá, o chá de sabor adocicado que me transformou num ser diferente
Entrei
Na escuridão dos corredores sombrios vi novamente a sombra
Os seus traços indefinidos não me fizeram perceber se me pertencia
Não
Não era minha, apenas uma sobra deslumbrante que teimava em fugir
Corri, corri, corri de uma forma tão veloz que a respiração me afogava
Parei, parei e pensei
Deixai-a ir, pois a sua verdadeira essência é a sua libertação
Liberta
A sombra permanece a alguns passos diante de mim...



novembro 29, 2005

Palavras soltas





Escrevo palavras soltas, pensamentos vagos, emoções loucas... escrevo porque escrevo, porque a escrita liberta o que está preso, liberta a saudade de tempos vividos, de passados reflectidos, ocultos na memória do prisioneiro.
As palavras ditas, são proferidas em momentos sóbrios, contadas, racionalizadoras da emoção, as palavras escritas ficam eternamente na voz da canção.

novembro 28, 2005

Descoberta


Perdidos na viagem, na descoberta de saber quem somos. O inicio do fim, ou será no fim que tem início essas questões da realidade? Conhecemos nós a realidade ou viveremos em função de uma deslealdade de nós para connosco mesmos? Sou quem sou? Sou o que os outros me vêm? ou serei como os outros querem que eu seja? Afinal o que sou?
E tu? Que me acompanhas nesta minha loucura, que observas do lugar de espectador privilegiado esta incessante busca pela minha pessoa... mas se a encontrares, ou se ela passar por mim, que farei eu? Pois ao encontrá-la não tenho mais nada....

novembro 22, 2005

Identidade

O que eu fui o que é? O que eu fui o que é?
Relembro vagamente; O vago não sei quê;
Que passei e se sente. Se o tempo é longe ou perto;
Em que isso se passou, Não sei dizer ao certo.
Que nem sei o que sou.”
Fernando Pessoa


A questão da identidade inquieta-me particularmente, procuro-a e não a encontro.
Ao invés disso encontro gentes com certezas e percursos definidos. Com definições e classificações, com normas e padrões clarificados e com valores orientados. Não sei quem sou, não sei para onde vou, mas sei que não quero ir por aí!


Hoje sorri
Sorri quando me lembrei de ti
Sorri da forma que sorri
A primeira vez que te vi
São fracções de segundo
como flashes de memória
onde lembro a história
do dia em que senti
Simplesmente sorri!

novembro 21, 2005

FREEDOM

Em queda livre
de um sítio qualquer,
A total liberdade
Faça-se o que se fizer.
Loucura, insanidade, prazer!!!
A maior incapacidade
que o humano pode ter!
Sonho, utopia, ilusão
A liberdade, essa sensação
que a humanidade aspirou
e a vida desencantou.
faça-se o que se fizer
num sítio qualquer...

novembro 19, 2005

«Temos o direito a ser iguais se a diferença nos inferioriza
Temos o direito a ser diferentes se a igualdade nos descaracteriza»

Boaventura Sousa Santos

novembro 18, 2005


Vivemos a vida numa ilusão...
procura-se a perfeição e a standartização dos comportamentos...
Todos os que fogem à norma são rotulados
Outsiders do sistema
Hitler ainda hoje é condenado por querer uma nação perfeita
que só tinha lugar para os «normais»
E hoje?

A força

Em memória de uma pessoa que marcou significativamente o meu eu e que me fez ser quem sou... a força...

A força
Força na natureza
É a ideia que tenho de ti
Aurora
Como toda a aurora
A luz
O início
Sabes, sempre reconheci
Em ti
A beleza, a luta, o sacrifício
E dás-me força
Sempre que me sinto mais fraca
És o meu orgulho
E deves ser
De toda a portuguesa
Que não conhece a fraqueza.
Não me ensinaste a ler
Nem a escrever tão pouco
Mas ensinaste-me a viver
Neste mundo louco
Ensinaste-me que a vida
Pode não ser colorida
Mas com um sacrifício pouco
Pode ser bem vivida
Aurora
A força
A vida!

As relações


No relógio do Chapeleiro são sempre seis da tarde «hora do chá»!
Não é muito diferente do meu... e do teu
Mas enquanto o relógio do chapeleiro parou
O nosso adiantou

A velocidade vertiginosa com que vivemos nos dias de hoje faz com que tudo o que nos rodeia pareça efémero... tudo passa.
As nossas relações são muito rápidas e não temos tempo para parar e reflectir...

E a vida não é assim?



Cercados por muros invisíveis
Controlados por programas informáticos
Limitados nos movimentos
Presos nos pensamentos
Censurados nos comportamentos
Constrangidos pelos sentimentos
Entalados pelos conhecimentos
Esmagados pelas emoções
Assassinados nas acções
E a vida não é assim?